Outras tendências do setor cafeeiro relativas à produção, indústria e cafeterias também são analisadas no Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de maio de 2016
Destaques do Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, são propriedades funcionais encontradas em alimentos e bebidas que estão sendo agregadas ao café por grandes empresas em vários países. Para o Bureau, “A esfera dos alimentos funcionais que propõem um ganho em saúde e funcionalidades benéficas para quem os consome ganha força e passa a englobar o segmento de cafés”.
A edição do mês de maio de 2016 do Relatório Internacional de Tendências do Café (Vol. 5 – Nº 4) cita casos e exemplos de grandes empresas que atuam em vários países e que vêm apostando há alguns anos no ramo dos alimentos e bebidas funcionais com a utilização do café nas suas linhas de produção. Alguns exemplos são citados nesse documento do Bureau, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Tais exemplos de bebidas à base de café incluem, entre outros, bebidas antioxidantes, bebidas geladas, cafés de alto teor proteico, prometendo, por exemplo, harmonizar um efeito energético com a sensação de saciedade, que contribuem tanto para o ganho de energia em atividades diárias quanto para a perda de peso. E mais: probióticos adicionados ao café com suas respectivas propriedades benéficas à saúde digestiva associadas à saúde da pele e à imunidade. Ainda como exemplo menciona um café gelado infundido com probióticos veganos e fibras destinadas a contribuir com o funcionamento do intestino e da saúde do sistema imunológico. Assim, vale a pena conferir esse tópico do Relatório intitulado CAFÉS FUNCIONAIS.
O formato padrão de análise das tendências do café adotado pelo Bureau de Inteligência contempla quatro seções: PRODUÇÃO, INDÚSTRIA, CAFETERIAS e INSIGHTS. Na seção PRODUÇÃO de café, são feitas considerações gerais e análises da atuação e participação de grandes empresas do setor e também de governos de países da América Central, no caso a Costa Rica; América do Sul – Colômbia e Brasil; África – Sudão do Sul, Etiópia e Quênia; e China – Ásia. Tais considerações e análises incluem principalmente questões relacionadas a variações climáticas, financiamentos ao setor, desenvolvimento de novas cultivares de café resistentes e/ou tolerantes à seca e a pragas e doenças, entre outros.
Em relação à INDÚSTRIA, o Bureau enfatiza que “As constantes pressões ambientalistas sobre os efeitos nocivos das cápsulas no meio ambiente têm levado as empresas a pensarem em alternativas que atendam aos princípios de sustentabilidade. Marcas já consolidadas no mercado precisam reinventar seus produtos para garantir uma maior aceitação do consumidor. Em contrapartida, outros empreendedores encaram a situação como oportunidade para desenvolver e ofertar produtos diferenciados, como é o caso de empresas especializadas na criação de cápsulas reutilizáveis”. Essa seção também aborda várias estratégias comerciais e de promoção e marketing de grandes empresas em muitos países para tentarem consolidar e conquistar novos mercados.
A seção CAFETERIAS do Relatório destaca que as “Grandes redes buscam a expansão de seus negócios em mercados internacionais, seja para diversificação da fonte de receitas ou do risco das operações e/ou atuação em mercados não saturados e mais promissores”. Menciona ainda que várias empresas citadas no documento, que atuam no ramo das cafeterias, estão expandindo seus negócios nos continentes africano, asiático, europeu e norte-americano.
Na conclusões dos INSIGHTS, o Relatório finaliza as suas análises preconizando para que as corporações que atuam no setor cafeeiro devam também proporcionar algum retorno à comunidade na qual estão inseridas, e, ainda, adotar práticas sustentáveis que evitem danos ao meio ambiente. Adicionalmente, recomenda que programas de contratação e capacitação de funcionários estabeleçam fortes laços com estes colaboradores e com a comunidade em geral. E alerta que o cuidado com a reciclagem de resíduos e uso racional de água e energia também auxiliam na redução dos custos da operação, permitindo assim mais investimentos em outras áreas essenciais ao setor.
O Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da UFLA, instituição fundadora do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, faz parte do projeto “Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira”, executado no âmbito do Consórcio e financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Tem como objetivo monitorar, analisar e difundir informações, indicadores e tendências relevantes para a competitividade da cafeicultura, bem como propor soluções estratégicas para o setor. As edições do Relatório estão disponíveis no portal da Ufla e no Observatório do Café.
Fonte: abic.com.br